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17 de janeiro de 2010

"DINOS"

FOSSIL : PESQUISADORES ENCONTRAN PEGADA DE DINOSSAURO NA PARAÍBA

Descoberta foi em cidade ao lado do conhecido Vale dos Dinossauros.Geólogo da UFRJ diz que 395 dinossauros foram classificados no local.

Supostas pegadas fossilizadas de dinossauro foram encontradas em uma fazenda no distrito de Melancias, na cidade de Santa Helena (PB), durante o trabalho de pesquisa da Petrobras para saber se há petróleo na região, no fim de fevereiro. O município fica na Bacia do Rio do Peixe, região conhecida pelos inúmeros registros de pegadas de dinossauros que viveram no local há cerca de 140 milhões de anos.

Segundo a prefeita de Santa Helena, Maria do Socorro Felix Rolim, há um mês a cidade passa por uma avaliação de técnicos da empresa Geophysical do Brasil Ltda. para confirmar a existência de petróleo na região entre as cidades de Triunfo (PB) e São João do Rio do Peixe (PB).

Pegadas foram descobertas durante pesquisa para encontrar petróleo (Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Santa Helena)

Paleontólogos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) estiveram no local nesta quarta-feira e analisam as imagens para confirmar ou não que se tratam de pegadas de dinossauro.

"A descoberta das pegadas de dinossauros foi feita em um dos 300 leitos analisados pela empresa contratada pela Petrobras", disse Maria do Socorro. Ela esteve no local logo após o encontro das duas marcas no solo e confirma a semelhança das pegadas com outras já analisadas e confirmadas por palenteólogos nas cidades vizinhas como Sousa (PB).

"A área tem cerca de 30 m² e o trabalho dos pesquisadores foi interrompido para não afetar uma possível área de importância arqueológica e que pode servir para estudos de geologia e palenteologia", disse a prefeita.

O proprietário da fazenda, o empresário Rony Dantas, disse ao G1 que o local está interditado. "Não estive lá após o encontro das possíveis pegadas, pois a área está fechada para visitação".

A Petrobras foi procurada pelo G1 para comentar o caso, mas ainda não se pronunciou.

Vale dos Dinossauros

O geólogo Ismar de Souza Carvalho, da Unidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), desenvolveu vários estudos com o geológo italiano e especialista em dinossauros Giuseppe Leonardi na área onde está a cidade de Santa Helena. Ele confirma que se trata de uma região com grandes possibilidades de ter mais pegadas de dinossauros. Por isso o local também é conhecido como Vale dos Dinossauros.

"As pegadas fossilizadas são comuns em toda a Bacia do Rio do Peixe. As principais cidades com registros semelhantes são Souza, Uiraúna (Brejo das Freiras), Pombal e São João do Rio do Peixe".

Segundo Carvalho, as pegadas encontradas por lá têm idade de 140 milhões de anos. "As rochas e as marcas já pesquisadas datam da idade cretácea e se relacionam com movimentos de falhas geológicas durante a abertura do Oceano Atlântico. Já foram classificados um número superior a 395 indivíduos dinossaurianos na região".


Baryonyx

Em pé sobre um banco de rio, o Baryonyx talvez erguesse seu longo pescoço reto sobre a água e agarrasse os peixes com suas maxilas ou os atacasse e prendesse com suas grandes garras em formato de gancho nos polegares, da mesma forma que os ursos-pardos pegam o salmão. Sabemos que esse dinossauro comia peixe porqueos paleontólogos encontraram escamas de Lepidotes, um grande peixe em sua caixa torácica. O estômago também continha alguns ossos meio dissolvidos, o que indica que ele havia se alimentado de um jovem Iguanodon. Esse Baryonyx de 10 metros, encontrado no sul da Inglaterra, não estava completamente desenvolvido quando morreu.

Espinossauros

Na segunda Guerra Mundial, uma bomba atingiu um museu alemão e destruiu os melhores restos fósseis de um dos mais estranhos dinossauros - o Spinosaurus, um grande terópode africano com lâminas ósseas de até 1,5 m de altura nas vértebras em suas costas. Nos anos 1980, no sua da Inglaterra, um caçador de fósseis encontrou uma enorme garra fóssil curvada de Baryonix, um terópode com o crânio semelhante ao de crocodilo. Desde então, mais achados desses e outros animais têm mostrado que eles formavam um grupo especial de terópodes tetanuros ("cauda rígida"), agora conhecido como espinossauros. Eles viveram na Europa, África e América do Sul entre 125 e 95 milhões de anos atrás, quando esses continentes ainda eram ligados por terra. Enquanto os outros dinossauros predadores tinam dentes e maxilas projetados para morder grandes pedaços de carne dos herbívoros, os espinossauros pareciam singularmente adaptados para apanhar e comer peixes carnudos.


Lagarto com espinho

A descoberta de Spinosaros deu-se após a do Tyrannosaurus, mas ele era mais delicado. Fragmentos de seu crânio e de sua maxila sugerem que ele tinha focinho longo, baixo e estreito, porém suas características mais peculiares eram as altas "espadas" ósseas que se erguiam de suas vértebras. Muitos cientistas acreditam que elas suportavam uma vela de pele alta que podia ter sido usada para exibição ou para ajudar a controlar a temperatura do corpo. Uma outra teoria é que as lâminas ósseas suportavam uma corcova alta e carnuda, talvez utilizadas para estocar reservas nutricionais. Fósseis de Spinosaurus vêm do Egito e, provavelmente, Marrocos, enquanto um parente próximo, o Irritator, foi encontrado no Brasil.

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